domingo, 7 de fevereiro de 2010

Perspectivas para uma nova era na educação

No início deste ano o secretário estadual de educação, Rogério Teófilo, divulgou que cerca de 35% dos professores da rede estadual de ensino irão se aposentar. O estado tem aproximadamente 9.500 professores, e deste total, 3.117 deverão encerrar suas atividades como servidores da educação pelo estado.

Para tentar suprir essa carência que sempre existiu, e ainda, reforçada por essas aposentadorias, o estado vai contratar 1,3 mil monitores dos sete mil que foram aprovados no concurso feito em novembro de 2009. Esses contratados irão trabalhar por período determinado.

A preocupação dos gestores da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (Seed) é com o envelhecimento da rede estadual de ensino, pois o tempo passa, e não são feitos concursos, a única coisa que eles estão fazendo são contratações temporárias. A explicação para a não realização de seleções definitivas, é que nesse ano de 2010 a lei de responsabilidade fiscal – que estabelece normas de prevenção de desvios capazes de afetar as finanças públicas, mostrando transparência nos gastos públicos – impede totalmente as chances de concursos nesse ano, tudo isso, devido crise financeira passada pelo governo do estado.

A unificação das redes de ensino municipal e estadual, feita nesse ano, serviu também para tentar resolver este problema. Mesmo chegando atrasada, esse processo irá ajudar a beneficiar a renovação desses profissionais e padronizar o ensino em Maceió. O problema é que já está havendo muitas confusões na hora das matrículas. As escolas estão recebendo mais alunos do que o esperado, e estão ficando super lotadas, deixando muitas famílias preocupadas com onde seus filhos irão estudar.

A solução das duas secretarias de educação é disponibilizar o transporte integrado para levar-los para escola. Mas os pais não estão aceitando, devido as muitas crianças não terem idade suficiente para estudar tão longe de casa.

A tentativa de resolver um problema acaba gerando outro. Mas a iniciativa da fusão da rede de ensino foi muito boa – embora tenha demorado -, mas para que a tempestade se acalme é só questão de tempo, de costume.

Cabe agora os gestores (municipais e estaduais) terem harmonia nesse trabalho, que esperamos que seja contínuo e eterno. Terão mais tempo e espaço para resolver problemas como reestruturação de professores, locais para construções de mais escolas, locações de prédios e o mais importante, prepararem seus profissionais conjuntamente para um melhor ensino ao povo maceioense e todos os alagoanos.

2 comentários:

  1. O caso vai até além da crise na educação (sem lembrar que eu sou um dos monitores esperando ser chamado...) - os concursados da Polícia, que não foram chamados ao vencimento do concurso... Os classificados na FAPEAL (eu incluído), que não foram chamados às vésperas do vencimento do concurso - mesmo a FAPEAL estando cheia de pessoal terceirizado...
    Embora realmente exista esta crise, não se pode jogar tudo nas costas da lei, uma vez que várias irregularidades (como funcionários não concursados trabalhando em cargos que exigem concurso, por exemplo; e desvio de verbas "a céu aberto", em outra mão) vão sendo cometidas no Estado.

    ResponderExcluir
  2. não adianta esperar muitos dos orgãos publicos sobre educação. investimentos na educação deveriam ser feito a anos, so fazem concurso quando é a ultima solução.

    ResponderExcluir